quarta-feira, janeiro 13, 2010

Ervas Daninhas (Les herbes folles)


Estréia na próxima sexta-feira, 15, no Rio de Janeiro, o novo filme de Alain Resnais.

Um dos melhores diretores da Nouvelle Vague e meu preferido daquela geração, conseguiu o feito de realizar diversas obras-primas, entre elas Hiroshima, Meu Amor (Hiroshima Mon Amour, 1959) e O Ano Passado em Marienbad (L' année dernière à Marienbad, 1961).

Realizou também curtas onde impôs sua visão culta, verdadeira, original e sempre humanista sobre diversos temas: Van Gogh (1948) e Gauguin (1950); As Estátuas Também Morrem (Les Statues Meurrent Aussi, 1953), sobre arte africana e racismo; Noite e Neblina (Nuit et Brouillard, 1960), sobre o holocausto.

São dele também os longas Amores Parisienses (On conait la chanson, 1997) e Meu Tio da América (Mon Oncle d' Amérique, 1980).

Dentre sua extensa e bem sucedida filmografia, destaca-se ainda o recente sucesso Medos Privados em Lugares Públicos (Coeurs, 2006), filme que ficou em cartaz por mais de um ano na capital paulista. O longa é um excelente exemplo de construção de personagens.
Em Ervas Daninhas, Resnais dá prosseguimento a seu estilo de trabalhar prioritariamente o personagem. Aqui, centra-se a narrativa em torno de Marguerite, uma dentista solteira que perde sua carteira, a qual é encontrada por Georges, casado e pai de dois filhos.
Destaque para o excelente ator Mathieu Amalric, no papel de Georges, que ficou mais conhecido no Brasil pelo sucesso O Escafandro e A Borboleta (Le Scaphandre et le papillon, 2007, Julian Schnabel). Mas Amalric tem uma extensa filmografia, com ótima participação em Munique (Munich, 2005, Steven Spielberg).

Em seus 87 anos, Alain Resnais mantém uma visão sempre atual sobre o mundo em que vive. E demonstra que a verdadeira arte não envelhece.

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Um recomeço

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