O mais recente filme de Woody Allen estreou no Rio semana passada, trazendo um frescor que lembra o estilo dos primeiros filmes de Pedro Amodóvar, tanto no uso da cor quanto na mise en scène.
Vicky Cristina Barcelona, ambientado na bela cidade catalã, aborda as relações amorosas entre um poeta local, interpretado pelo talentoso ator Javier Bardem (de Mar Adentro), e duas amigas norte-americanas em férias na Espanha, vividas pela atual musa do diretor, Scarlett Johansson (Cristina), e Rebecca Hall (Vicky). Servindo de contraponto para a marcante presença cênica de Bardem, surge Penélope Cruz, a ex e eterna mulher do protagonista, em papel em nada diferente dos que interpretou em filmes almodovarianos.
Nessa simpática e leve comédia, Woody Allen mais uma vez filma na Europa, tendência que havia anunciado em Dirigindo no Escuro e que assumiu desde Match Point.
Se, por um lado, Vicky Cristina Barcelona parece um tanto distante dos melhores momentos da obra do diretor elaborada nos anos 70/80, da densidade dramática de personagens em busca de si mesmos em uma Manhattan que os desorienta tal qual a seu criador, o próprio Allen, por outro o filme traz em si uma leveza e um descompromisso agradável tanto aos olhos quanto ao espírito. Um cinema, sob esses aspectos, em acordo com suas origens primeiras, ou seja, gestado para simplesmente divertir. Em tratando-se de Woody Allen, diversão que une sutileza e inteligência.
Até gostei do filme de Woody Allen. E de vários outros que estão na lista dos que você não gostou.
ResponderExcluirAcho Ainda Orangotangos o máximo. Corajoso e positivo apesar de alguns probleminhas.
Bom conhecer o seu blog.
Legal conhecer esse blog.... "Vick Cristina Barcelona" é um super filme, na minha opinião. Retrata bem o mundo louco e um tanto estereotipado em que alguns artistas vivem e acreditam que tem que viver.
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