A Última Estação (2009) faz pensar o quanto se têm desperdiçado idéias no cinema em mãos de diretores e roteiristas incapazes de dar bom andamento a projetos de peso. Michael Hoffman deixou passar a chance de fazer um filme de valor em sua inexpressiva carreira ao abraçar a adaptação da ótima novela de Jay Parini. Falado em inglês (o russo seria tão necessário), exagerando na aplicação do melodrama clássico ao estilo hollywoodiano e consequentemente no plano e contraplano (e nos closes excessivos), o filme frustra pelo esvaziamento da narrativa. Uma história com o enfoque nos dias finais de Tolstoi merecia um capricho maior e muito mais sutileza e densidade cinematográficas.
Nem as filmagens na Alemanha e a presença de atores de peso, como Christopher Plummer (Léon Tosltoi), indicado ao Oscar 2010 como melhor ator coadjuvante, e Helen Mirren (Sofia Tolstoi), indicada como atriz principal, conseguem deixar lembranças mais duradouras sobre essa produção.
Aos que não o sabem, principalmente as novas gerações, o filme pode despertar curiosidade de se pesquisar acerca da vida de Tolstoi e da criação do mito, bem como da espécie de religião denominada Tolstoismo, uma corrente de pensamento surgida na Rússia ao final do século XIX
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